Eleições: Seu direito ao trabalho e emprego? Ou auxílio!?
Chegam as eleições. Qual é o critério para orientar seu voto? A seguir damos nossa perspetiva, como contribuição para uma política e sociedade mais justas, orientadas pelo direito ao trabalho e emprego. Como todo o mundo, você também está cansado(a) da corrupção que beneficia uns poucos, deixando o povo e as famílias esquecidas, sem teto, trabalho, saúde, educação e… pão!
Eleições: Qual a chave para uma escolha acertada?
Aproxima-se o dia 15 de Novembro. Está crescendo, na consciência do povo, o dever de votar: além da família, somos chamados a participar da vida de nossa cidade, estado e país. A Constitução Brasileira reconhece, como direito inviolável de todo cidadão, participar da vida política, não só pela seriedade do voto, mas, também, pelo dever de conhecer a trajetória dos cadidatos, às eleições. São necessários “homens novos”, para os tempos difíceis, que estamos vivendo, pois, só um povo, que reconhece a sua própria dignidade e sabe respeitar o primado da verdade e da fraternidade, tem a força para enfrentar com êxito os muitos males que a todas e todos afligem.
Neste tempo de decepções e sacrifícios, é preciso eleger candidatos, que inspirem confiança eesperança, a fim de construir uma sociedade mais participativa e fraterna. Não cabe à Igreja indicar candidatos, pois sua competência é formar as consciências na escolha dos candidatos, apaixonados pelo “bem comum”, pela participação do povo na vida da sociedade, pelo fortalecimento do regime democrático, pela promoção dos direitos humanos e da solidariedade. Sobretudo, pessoas, que lutam, para dignificar as categorias mais marginalizadas da nossa sociedade, que sofrem, desde sempre, vítimas da desigualdade social … a mais gritante do mundo. Cinco famílias brasileiras possuem tanto quanto cem milhões de brasileiros.
Alguns pontos podem ajudar a orientar o eleitor na escolha dos candidatos:
- O voto éuma ferramenta importante para mudar os rumos do nosso país: não o venda; não vote em branco; não anule o seu voto.
- Procure verificar a vida dos candidatos: sua família, seus dependentes, os impostos em dia e, sobretudo, que eles estejam engajados em algum movimento social, que abra espaço para o povo participar da vida social.
- Examine a qual partido ele pertence e qual o programa político que apresenta: se está envolvido na “velha política” do ”dando que se recebe” e se ele luta a favor da vida, da justiça social, da ecologia e da paz entre as categorias sociais e com outras nações.
- Desconfie das promessas mirabolantes. Como, também: – de quem gasta avultadas quantias de dinheiro na propaganda; – de quem é aliado dos que possuem grandes fortunas, pois, para estes, a política é uma ocasião de continuar com o enriquecimento ilícito: indiferentes perante o sofrimento do povo, a pandemia, o problema da fome, emprego, a previdência social dos idosos, inválidos e doentes, sobretudo, está longe deles a ideia de mudar a estrutura e o funcionamento da nossa sociedade, que faz com que os ricos se tornam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
- Optar, enfim, pelos candidatos, que se comprometem em fortalecer políticas públicas e projetos a favor das necessidades básicas dos mais pobres.
Diante da extrema pobreza, é preciso reafirmar que esta situação não corresponde aos desígnios de Deus. A “opção preferencial pelos pobres”, que Cristo fez sua, hoje significa anunciar a Boa-Nova da dignidade de todo ser humano, pois cada um é “um tesouro precioso aos olhos de Deus e ninguém fica excluído de seu coração” (Papa Francisco). É a partir dos últimos que a nossa sociedade se tornará mais humana: Índios, posseiros, boias-frias, refugiados e todos os “descartados”, para fazer deles sujeitos, conscientes e atuantes de sua própria elevação social. Dos novos eleitos, o povo espera um comportamento de parcimônia e solidariedade: despojados de toda ganância e atentos a servir os cidadãos que os elegeram.
Ernesto Ascione, comboniano em Serra-ES
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