Barnabé: O Apóstolo da Exortação e do Encorajamento
Hoje a Igreja celebra a festa do apóstolo Barnabé. Dele conhecemos bem pouco. O evangelista Lucas, nos Atos dos Apóstolos, conta que “era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (11,24). Distinguia-se também pela sua generosidade. Fiel ao projeto de vida de Jesus de Nazaré, encarnado na primeira comunidade cristã, colocou seus bens em comum para que entre eles não houvesse nenhum necessitado (At 4,36). Foi também um grande missionário. Contribuiu com o crescimento da Igreja. Foi enviado a Antioquia, onde se alegrou com o grande número de convertidos e os exortou a permanecerem fiéis ao Senhor. Mas sua contribuição maior foi o empenho para vencer a desconfiança das comunidades em relação ao recém-convertido Paulo. Foi até Tarso, buscou Paulo, o levou à Antioquia e o encorajou a anunciar e testemunhar o Evangelho. Mas tem outro aspecto que gostaria de sublinhar de Barnabé. O seu apelido significa “filho da exortação e da consolação”, mas poderia ser traduzido também como “aquele que encoraja” (Paolo Curtaz). Parece combinar mais com seu estilo de vida. Oxalá, tivéssemos mais Barnabés nas nossas comunidades, entidades e pastorais, isto é, pessoas que saibam mais encorajar que criticar, puxar para cima que arrastar para baixo, incentivar mais que derrubar, enxergar o melhor mais que sublinhar somente o que não presta, valorizar mais que menosprezar, derrubar os muros da desconfiança e estender as pontes da acolhida, mediar conflitos mais que atiçá-los, fortalecer as relações fraternas mais que injetar doses de veneno com intrigas e divisões, alegrar-se com o crescimento dos outros em vez de enciumarem-se e cederem à tentação do boicote… Com certeza, estaríamos melhor e faríamos muito mais em benefício das pessoas que somos chamados a servir e dos territórios onde atuamos. (pe. Xavier Paolillo, missionário comboniano).