Com Jesus e o papa Francisco: Uma Igreja em Saída por Amor
Já se aproxima o congresso missionário nacional e será em Recife, de 7 a 10 de Setembro. O tema é “A alegria do Evangelho para uma Igreja em Saída”, juntando algumas das palavras mais caras a nosso querido papa Francisco. Está prevista a participação de 600 delegados dos 18 conselhos missionários regionais, para além dos convidados.
Esses dias serão sobretudo de celebração, reflexão e festa, com o objetivo de animar o caminho de nossas comunidades, na perspetiva missionária além fronteiras e também no Brasil. O congresso em Recife é um passo importante rumo ao V Congresso Americano Missionário, que se realizará em 2018 na Bolívia.
É uma ótima oportunidade para cada batizado assumir seu compromisso com Jesus e com a fé. Partimos do princípio que missão é partilha de vida, com atitudes de amor, respeito e misericórdia. Segundo o papa Francisco, a igreja não cresce por proselitismo mas por contato pessoal, vizinhança e amizade genuína. Se olharmos para as páginas do Evangelho é isto que nós vemos em Jesus.
5 Pilares da pastoral missionária
Por esta razão uma pastoral missionária, em nossas comunidades e igrejas locais (dioceses), tem que estar fundada em 5 pilares:
a) Todo discípulo missionário/batizado parte da escuta da Palavra de Deus: “A Sagrada Escritura é fonte de evangelização” (EG 174).
b) Precisamos sair para as periferias sociais, geográficas e existenciais a fim de ir ao encontro das pessoas lá mesmo onde elas se encontram, deixando para trás o comodismo de dizer “sempre se fez assim” (EG 33).
c) “Ouvir a todos e todas” (EG 31) favorecendo a participação que promove “uma comunhão dinâmica, aberta, missionária” (EG 31) e sinodal, isto é, caminhar juntos.
d) A igreja em saída exige de cada uma e cada um a “saída de si próprio para o irmão” (EG 179). Tenho que me despojar para partir com o coração aberto às feridas e esperanças do outro(a) (EG 46). Somente a saída de si é verdadeira missão, pois “a vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros” (EG 10).
e) Centrar-se no “essencial, no que é mais belo, mais importante, mais atraente e mais necessário” (EG 35) sem fugir da vida e realidade concreta que a gente está vivenciando, lá mesmo onde se está dando o encontro de olhares e corações.
3 Símbolos da missão
Toda comunidade e/ou paróquia precisa viver a missão em diferentes campos. O congresso missionário Nacional é um momento para aprofundar o sentido e sobretudo viver a missão própria de cada batizado(a). Cada uma das imagens que seguem ajuda a vivenciar um aspeto distinto e complementar.
– Pastor –
Como Jesus mesmo, também cada irmã e irmão na fé está chamado a ser pastor. Cada membro da comunidade continua fazendo ressoar a voz de Jesus, a fim de que as ovelhas saiam e continuem escutando a voz do Mestre e encontrem pastagem. É o espaço do crescimento da fé, da oração e da ação para dentro e para fora da comunidade. As figuras do pastor e da mãe igreja se aproximam bastante.
– Semeador –
A pessoa que semeia no Evangelho não escolhe o campo nem o terreno. Simplesmente sai. Ele tem uma fé absoluta no poder da semente que leva e lança a todo tipo de terreno. Aqui o “campo é o mundo” (Mt 13,48). Nenhuma condição adversa abala sua esperança de que a semente vai dar fruto. A comunidade e/ou paróquia não pode nunca esquecer nossa sociedade secularizada e muito menos nossas juventudes…
– Pescador –
Os primeiros seguidores de Jesus eram pescadores e Jesus os fez pescadores de pessoas. O mar é o lugar do desconhecido, do risco, da tempestade e, todo o género de surpresas. Temos aqui a figura do missionário(a) que parte para além fronteiras. Se você já entrou num barco, você entende o que significa não ter chão para assentar seus pés! Isso acontece ao pescador e ao missionário(a). Mas ela e ele acredita que a missão não lhe pertence. Por isso confia e se entrega sem reservas, fazendo tesouro das palavras de Jesus: “Eu estarei convosco todos os dias…” (Mt 28,20).
ACESSE SEM FRONTEIRAS
MISSÃO É PARTIR
“Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si,
quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso Eu.
É parar de dar volta ao redor de nós mesmos,
como se fôssemos o centro do mundo e da vida.
É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos:
a humanidade é maior.
Missão é sempre partir, mas não devorar quilómetros.
É sobretudo abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los.
E, se para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus,
então Missão é partir até os confins do mundo.”
D. Hélder Câmara
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