
Inteligência artificial: Vilã ou Mocinha?
O Papa Francisco anunciou que a temática para a sua mensagem do dia mundial da paz será sobre a Inteligência Artificial (IA) e a paz. São dois temas que nos dias atuais são muito comentados, pois vivemos uma acelerada evolução das tecnologias e vemos o aumento das guerras que se espalham por várias partes do mundo, sejam aquelas acompanhadas pelas grandes mídias, sejam aquelas que ocorrem no silencio do desinteresse midiático.
Quando pensamos sobre a IA logo nos vem em mente todos os filmes que já assistimos sobre a dominação do mundo pelas maquinas guiadas pelos computadores, que perseguem e escravizam os seres humanos. Talvez essa seja uma realidade existente somente nas ficções cientificas cinematográficas. A nossa realidade é um pouco mais simples. Vemos um grande aumento do uso dessa tecnologia nos dias atuais, vários sites que nos proporcionam diversas experiências com a IA. Desde edição de fotos até a criação de artigos completos. Devemos refletir até que ponto essa transferência de aptidões é válida. Porque corremos o risco de gradativamente perder a nossa capacidade criativa.
As novas ferramentas de AI são muito úteis para o nosso dia a dia, porém necessitamos utiliza-las com responsabilidade, para criar conteúdos que promovam a verdade, o amor e o conhecimento e não as mentiras, o ódio e a desinformação. Usadas com a finalidade correta a IA é uma ferramenta que promove a paz, o cuidado da casa comum e a promoção humana:
“Injustiça e desigualdades alimentam conflitos e antagonismos. A urgência de orientar a concepção e o uso das inteligências artificiais de forma responsável, para que estejam a serviço da humanidade e da proteção da nossa casa comum, exige que a reflexão ética seja estendida no âmbito da educação e do direito.” (Papa Francisco)
Como cristãos somos todos convidados a sermos promotores da Paz, em todos os ambientes nos quais nos encontramos, onde trabalho, onde estudo, na minha família e com os meus amigos. Por isso também nas redes sociais devemos ser promotores da Paz. Em alguns casos vemos pessoas que se utilizam da cortina de uma rede social para poder semear a discórdia, ofender a outras pessoas e até divulgar informações falsas. Infelizmente essas postagens são aquelas que mais chamam a atenção, e isso faz com que os algoritmos difundam a mais pessoas esse tipo de conteúdo.
Para sermos verdadeiros promotores da paz não adiante ir à igreja todo domingo, se confessar todos os meses, rezar o terço todos os dias etc… Tudo o que absorvemos com essas praticas cristãs devem se transformar em boas ações em favor dos nossos irmãos, pois “se alguém declarar: “Eu amo a Deus!”, porém odiar a seu irmão, é mentiroso, porquanto quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não enxerga.” (1Jo 4,20).
Animo missionários e missionárias, pois somos também convidados a ser missão nos meios de comunicação digitais, a ser presença do Criador nas redes sociais com mensagens de compaixão e misericórdia e para esse fim podemos também nos utilizar da IA para a criação de conteúdos promovam o bem comum.
Por Pe. Deivith Zanioli