
Juventudes: A geração nem-nem e a luta por direitos
Uma pesquisa do IBGE divulgada em junho de 2019 (Pnad Contínua), revelou um dado preocupante: entre os 47,3 milhões de pessoas de 15 a 29 anos, 23% pertencem à chamada geração “nem-nem”: nem estudo, nem trabalho.
Jovens durante a caminhada, Romaria do Pe. Ezequiel Ramin, Rondolândia, MT
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (10 de dezembro de 1948) destaca no Artigo XXVI que “todo ser humano tem direito à instrução”. A Constituição do Brasil (5 de outubro de 1988) afirma no Artigo 205, que “a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família”.
O ano de 2019 encerra uma década e marcou, no Brasil, o início de um novo governo. Tem sido um ano de muitas crises que, em geral, afetam a todos. Os jovens têm enfrentado grandes barreiras para fazer valer o direito à educação e realizar o sonho do primeiro emprego. Pelo menos três vezes ao longo do ano, os estudantes organizaram atos em defesa da educação.
Também em 2019 (maio), 6.384.957 pessoas de todo o Brasil se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM-resultados globais de 2018). Embora tenha sido o menor número de inscritos desde 2011, vê-se que a juventude mantém vivos os seus sonhos, acredita e luta por uma melhor educação e por emprego.
O ano de 2020 está chegando e com ele começa uma nova década. Chega trazendo mais um desafio: transformar a geração “nem-nem” em geração de pessoas com direitos plenamente respeitados, jovens com cidadania plena.
Para refletir:
– Em 2020, os jovens irão continuar lutando pela defesa da educação e por mais emprego?
– Como você gostaria que seja chamada a geração jovem em 2020?
– Na nova década, o que os jovens podem fazer pelo planeta, nossa Casa Comum?
Raimundo Rocha, comboniano