Mãe Aparecida e Santa Bakhita contra escravidão ontem e hoje
Diante do flagelo da escravidão comum entre Brasil e África, a Santa Mãe Aparecida e a filha Santa Bakhita são vidas que apontam para o Deus que destrói as correntes e liberta das prisões. Deus se manifesta através da vida destas mulheres negras e santas.
Imagem de Nª Sª Aparecida, na basílica antiga
1. O Brasil negreiro e o surgimento de Nossa Senhora Aparecida.
Durante séculos o Brasil foi tocado pelo flagelo da escravidão e banhado pelo sangue de pessoas que pagaram o caro preço da cor da pele negra. Estas pessoas foram sequestradas do solo africano e transplantadas nesta Terra de Santa Cruz. Ao chamá-las hoje de pessoas já se realiza um salto linguístico não indiferente, pois eram consideradas apenas objetos de troca e venda, enriqueciam as posses dos nobres senhores, trabalhando dia e noite sem as mínimas condições, privados de qualquer traço de humanidade, tolhidos na dignidade. É impossível saber ao certo quantas pessoas negras foram trazidas ao Brasil nos navios negreiros que cruzaram os mares, cemitérios para aqueles que não resistiam diante das crueldades presentes na travessia: trabalho forçado, fome, violência e outras humilhações.
Do mesmo modo não se sabe ao certo quantas pessoas negras morreram no solo brasileiro durante a bárbara expansão escravocrata, que preparou senzalas nas fazendas deste país, lugares da morte, covas que silenciaram a vida, verdadeiros vales de lágrimas. Ademais a estatística acerca do número de pessoas negras mortas não possuía conotação afetiva, em geral os familiares eram separados e os nobres senhores só calculavam quanto perdiam e quanto precisavam para repor um bom e velho estoque de negros escravizados.
Pescadores escravos encontram a imagem de Nª Sª Aparecida
Neste contexto histórico cultural está situado o encontro com Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba, no Estado de São Paulo, grande potência econômica brasileira que contou também com o trabalho forçado para alavancar plantios com suor e sangue dos escravos. Quantas pessoas negras foram lançadas nos grandes rios do continente chamado Brasil? O desejo de liberdade e a luta pela dignidade eram seguidos de suplícios que custavam a vida. Estas pessoas retiradas do solo africano conheceram o pão da angústia neste Brasil.
E quando até mesmo o cristianismo cedia diante dos delírios do racismo no Brasil, a Mãe de Jesus ouve o grito dos oprimidos e se faz encontrar nas águas. A Mãe das dores é Mãe de todas as cores e desvela que o autêntico cristianismo visado pelo Cristo não compactua com as facetas das discriminações raciais. A fraternidade é a bússola que orienta relações sociais não mais dirigidas pela exploração e o desprezo mas pela colaboração e o respeito.
Desde o início do século XVIII, Nossa Senhora Aparecida recorda ao Brasil a necessidade de um cristianismo de comunhão, capaz de abater os muros da divisão que separam pela cor da pele, pela classe social e por qualquer outro fator. Aqueles pescadores percorreram o Rio Paraíba tomados pelo medo das represálias, perseguições e castigos caso voltassem com as mãos vazias. A intervenção de Nossa Senhora Aparecida destrói o medo e logo a esperança convida a alegria para permanecer na vida de todas as pessoas que recorrem a esta Mãe que nunca desampara. Os pescadores do Rio Paraíba jamais realizaram pesca tão prodigiosa. A Mãe de negra cor conduziu as mãos dos filhos e ainda hoje conduz com o auxílio das pessoas que apontam para o Cristo, Aquele que dissipa as trevas do racismo.
2. Bakhita: o sequestro da menina negra e a escravidão.
A voz suave e eloquente da Mãe de Jesus perpassa a face da terra educando os continentes. O Brasil dos séculos escravocratas está entrelaçado com toda a África, a terra martirizada. Os dramas vividos pelos negros trancafiados no Brasil começam com a saída forçada da África. Enfileirados, com os pés acorrentados e guiados por armas, os africanos levados para os quatro cantos do mundo conhecem de perto os traços dolorosos da vida de Jesus. Homens, mulheres e crianças africanas são flageladas e cobertas pelos espinhos caem sob o peso da cruz, obrigadas a beber o fel da agonia como aconteceu com a menina Bakhita.
Josefina Bakhita, de escrava a Santa
Uma criança como outras que no Sudão da segunda metade do século XIX transcorria o tempo brincando pelos verdes prados na companhia dos pais, dos irmãos e dos amigos. A infância de Bakhita é interrompida por um fato que ceifa a vida das crianças africanas. Enquanto brincava nos campos com uma amiga, Bakhita é sequestrada por dois homens. A agressividade deste fato é tamanha que Bakhita permanece emudecida durante a fuga. E como não consegue falar o próprio nome, os sequestradores a chamam de Bakhita para ridicularizá-la, pois Bakhita significa ‘fortunada’, ‘felizarda’. Estes homens desdenhavam considerando tudo o que aconteceria a partir daquele momento, pensavam no cárcere, na fome, nos maus-tratos, quando a venderiam e quanto lucrariam com a vida desta criança.
Bakhita é vendida juntamente com outras pessoas no mercado de escravos e a partir deste momento são intensificados os castigos impostos por patrões cruéis incapazes de qualquer compaixão. As pessoas escravizadas trabalhavam dia e noite sem parar, sem pausas, sem uma boa alimentação e os descuidos cometidos eram punidos com inúmeras chicotadas que além de deixar marcas por todo o corpo, feriam toda alma com os golpes da barbárie.
Bakhita se torna amiga de outra criança com a qual compartilha as durezas da escravidão. E um dia conseguem fugir, correm mata adentro, sentem o rugir das feras, escondem-se em algumas árvores e retomam a caminhada quando percebem que não há mais o perigo de serem devoradas. Exaustas e famintas, avistam um homem nas proximidades de uma casa e pensam que estarão seguras e que serão devolvidas aos respectivos pais. O homem as escuta e as alimenta para que retomem as forças perdidas ao longo desta perigosa fuga. Em seguida, o homem que parecia acolhedor frustra as expectativas destas duas crianças. As meninas são acorrentadas juntas com as ovelhas e esperam o dia que serão vendidas.
Bakhita é vendida pela segunda vez e conhece um momento de paz relativa na vida pois os patrões eram menos agressivos na aplicação de chicotadas, de golpes e demais castigos. Um dia o filho do patrão se enfurece com Bakhita que se esconde atrás das irmãs deste mesmo para não ser chicoteada, mas obtém o resultado contrário. O fato de esconder-se atrás das irmãs é visto como insolência e é punido com violência jamais vista por Bakhita.
A breve calmaria termina e Bakhita não pode permanecer mais com esta família e aguarda o momento no qual é vendida pela terceira vez. Agora Bakhita é uma das escravas de um general turco, conhecido pelo poderio econômico e pelo modo violento com o qual trata os escravos. O papel de Bakhita nesta família consiste em servir, abanar e vestir as filhas do general que seguem os gestos do pai maltratando as escravas de forma muita agressiva.
Existem dois relatos marcantes na vida de Bakhita quando está sob o domínio do general. Era comum tatuar os escravos com sinais que mostram que são propriedades dos patrões. A esposa do general chama uma mulher para tatuar escravas que ainda não possuíam as tatuagens. E chega o momento de Bakhita receber estas marcas sobre todo o corpo exceto o rosto. As tatuagens eram desenhadas com uma navalha e os buracos preenchidos com o sal para assegurar a permanência destas marcas do ódio, e da violência psicológica e física. O general não gostava dos seios de Bakhita e a chamava para que se colocasse de joelhos diante dele em sinal de plena subserviência. Ao ajoelhar-se apertava com força os seios de Bakhita, que foram deformados com tal crueldade mutilando a feminilidade.
3. Bakhita: a vida na Itália e o cristianismo.
Chega o momento no qual o general se desfaz de Bakhita que será novamente vendida. O cônsul italiano compra Bakhita e a trata com mais humanidade de modo que sente uma paz duradoura que a acompanha durante a longa viagem rumo ao continente europeu. Bakhita desembarca com os seus patrões na cidade de Gênova e o cônsul decide cedê-la a um casal de amigos. Bakhita vai com esta família para a cidade de Mirano Veneto e faz todos os serviços domésticos, assumindo especialmente os cuidados da filha deste casal.
É através do casal Michieli e Maria Turina que Bakhita conhece Illuminato Checchini e a partir deste encontro há uma grande reviravolta em sua vida pois começa a ouvir sobre a vida de Jesus. Bakhita se sente muito atraída por todo este relato que ouve com atenção. As atrocidades vividas por Bakhita fizeram do amor uma lembrança distante em sua vida.
Bakhita era escrava e as escravas não são amadas são apenas usadas e vilipendiadas. O coração de Bakhita se abre diante do relato sobre o Deus que a ama tanto ao ponto de dar o próprio Filho Jesus para salvá-la. E ser salva era tudo aquilo que Bakhita mais desejava. Bakhita queria ser resgatada e reencontrar os pais já idosos, os irmãos e toda a sua família.
Bakhita foi resgata por Deus que lhe inseriu noutra família composta pelos laços sagrados da Palavra. No Evangelho, Jesus afirma que todo aquele que ouve a Palavra e a coloca em prática é membro integrante da sua família. É tudo aquilo que Bakhita mais queria na vida. Sentir-se amada e acolhida, pertencer a uma família que é tão humana quanto divina.
S. Daniel Comboni e Santa Bakhita, santos do Sudão no céu
O sacramento do Batismo sela para sempre este desejo de Bakhita de ser inserida nesta família. Illuminato Checchini convence os patrões de Bakhita acerca desta necessidade de formá-la para que receba o sacramento do Batismo após um período de formação e de catequese. É assim que Maria Turina conduz Bakhita e a filha deixando-as aos cuidados das Irmãs Canossianas, responsáveis pelo Instituto de Catecúmenos na cidade de Veneza.
O Batismo é esperado com alegria por Bakhita e também pela filha de Turina. No dia 09 de janeiro de 1890, Bakhita recebe o sacramento do Batismo, Eucaristia e Crisma. Tudo muda e nenhum fato terá mais o mesmo sentido na vida de Bakhita, a filha de Deus. O Pai amoroso quer mais desta filha amada e querida e a presenteia com o dom da vocação religiosa. Bakhita é acolhida na Congregação fundada por Santa Madalena de Canossa, as Irmãs Canossianas que cuidaram da sua formação cristã partilhando os mistérios da fé. No dia 08 de dezembro de 1896, Bakhita professa os votos e consagra sua vida a Deus.
4. Bakhita: a simples freira negra de Schio.
Bakhita segue a vida como religiosa canossiana em Veneza de maneira muito simples até 1902 quando é transferida para a cidade de Schio. A ausência de uma formação cultural impediu Bakhita de atuar em outras frentes da Congregação Canossiana que se tornou a sua família, mas nem por isso deixou de colaborar com dedicação e amor em todas as pequenas tarefas que lhe foram confiadas. A irmã Bakhita realizou no convento de Schio as atividades de cozinheira, sacristã e porteira. Em todas estas soube ser instrumento de Deus para todas as pessoas que entravam e saíam do convento acolhendo-as com um belo sorriso, para as pessoas que participavam da Missa e encontravam os objetos litúrgicos bem dispostos com cuidado e maestria, para as pessoas que se alimentavam no convento de Schio e saboreavam as delícias preparadas pela irmã Bakhita, que viveu o ordinário de modo extraordinário visando agradar a Deus.
Na cidade de Schio, a irmã Bakhita presencia os bombardeios das duas primeiras grandes guerras e se põe à disposição para ajudar os soldados feridos e fortalecê-los no espírito partilhando a Palavra de Deus, mostrando com pequenos gestos que Ele deve ser amado.
A irmã Bakhita esforçou-se noite e dia para que a sua vida fosse uma seta apontada para Deus. Bakhita escolhe Deus por Deus, para estar diante d’Ele, para contemplá-Lo na sua morte e ressurreição. Quando não estava ajudando alguma pessoa com algo, irmã Bakhita estava diante do sacrário, por horas no silêncio da oração e da comunhão com Deus.
Era deste modo que a irmã Bakhita desejava transcorrer sua vida de religiosa canossiana. A Congregação porém quer a presença da irmã Bakhita nas propagandas missionárias realizadas por toda Itália, de modo que Bakhita as seguiu por muitos anos sendo este sinal vivo de que para Deus nada é impossível. As pessoas que ouviam os relatos das irmãs canossianas sobre a vida da irmã Bakhita permaneciam impressionadas pelo fato desta menina negra raptada, escravizada pelos patrões, ter se tornado uma religiosa. E muitas pessoas começam a ajudar o trabalho missionário feito pelas irmãs canossianas nas terras africanas visando a libertação de homens, mulheres e crianças que ainda hoje são vítimas da escravidão.
A irmã Bakhita é de poucas palavras e remete ao Paron que no dialeto Veneto significa Pai, o Pai do Céu que deve ser amado e que a irmã Bakhita procurou agradá-Lo ao longo da vida, mesmo quando seguia as propagandas missionárias que lhe rendiam notoriedades refutadas quando ameaçavam a plena comunhão com Deus.
Pouco a pouco a irmã Bakhita se torna uma referência procurada por muitas pessoas que desejam ouvi-la e buscam algum conselho para a própria vida. Assim cresce nas pessoas a certeza de que há algo ou melhor há alguém diferente agindo no coração de Bakhita que é o Deus da Vida, que não compactua com os retratos da morte e nem com a escravidão.
Os anos da escravidão fragilizam a saúde da irmã Bakhita mas ela não permite que o joio do rancor e do ódio permaneça alojado em seu coração, pelo contrário, reza e pede perdão por aqueles que a açoitaram e a feriram durante anos e anos. É o sinal da comunhão entre Bakhita e Jesus que reza na cruz: “Pai, perdoa-lhes eles não sabem o que fazem”.
O agravamento da saúde da irmã Bakhita a obriga a locomover-se na cadeira de rodas mas nem isso é capaz de retirar-lhe o sorriso da certeza da presença de Deus em sua vida. A irmã Bakhita não teme a morte e pode chamá-la de irmã como Francisco de Assis pois a enxerga apenas como passagem necessária para o desejado encontro com o Deus Amor.
O compromisso da vida da irmã Bakhita é fazer com que Deus seja ainda mais conhecido e amado. O que a irmã Bakhita mais quer é apresentar-se diante de Deus com estas duas malas. Numa das malas estão os pecados cometidos e noutra bem maior estão os méritos de Cristo. A irmã Bakhita sabe que na glória do céu fará o bem sobre toda a face da terra. E isto a aproxima de Santa Teresinha do Menino Jesus, a carmelita padroeira das missões, sem nunca ter deixado o convento, que nutria o desejo de viver o céu fazendo o bem na terra. Estas duas mulheres nascidas em circunstâncias tão distintas deram a vida por Deus. Teresinha, a santa francesa e Bakhita, a santa sudanesa são mulheres fundamentais para o anúncio do Evangelho e seguem com as orações o valioso trabalho das santas missões.
O desejo da irmã Bakhita de ver a face de Deus se realiza no dia 08 de fevereiro de 1947. E logo começa a tarefa de espalhar muitas graças sobre a face da terra. Até então a irmã Bakhita enxergava só aquilo que acontecia na pequena cidade de Schio e ouvia somente o que as pessoas confidenciavam quando a visitavam em busca de conselhos.
Agora a irmã Bakhita enxerga além dos muros histórico-temporais e ouve os pedidos que cada coração lhe apresenta no silêncio confiante da oração. Muitos sinais confirmam a relação profunda entre o Pai do Céu e a querida filha Bakhita. Um destes sinais acontece em São Paulo, quando Bakhita escuta a prece sofrida de outra mulher, Eva da Costa, que lhe mostra as feridas em suas pernas que causam fortes dores e fragilizam os necessários movimentos para o trabalho desta empregada doméstica responsável pelo sustento da sua família. No dia 27 de maio de 1992, Eva da Costa é curada das feridas pela intercessão de Bakhita.
5. Considerações conclusivas: Escravidão versus Comunhão.
A freira negra que viveu no continente europeu, na cidade de Schio foi proclamada santa por João Paulo II no dia 01 de outubro de 2000. Há um forte elo de ligação entre Nossa Senhora Aparecida e Santa Bakhita. A Mãe surgida nas águas do Rio Paraíba proclama a liberdade de todos os seus filhos. A filha negra resgatada é ícone de santidade e liberdade.
Diante do flagelo da escravidão comum entre Brasil e África, a Santa Mãe Aparecida e a filha Santa Bakhita são vidas que apontam para o Deus que destrói as correntes e liberta das prisões. Deus se manifesta através da vida destas mulheres negras e santas, e caminha na direção do resgate e do respeito pela dignidade da pessoa humana, considerada em si mesma, independente da nacionalidade, do credo, cor da pele e demais atributos externos.
A Santa Mãe Aparecida surgida nas águas brasileiras e a filha Bakhita, a santa sudanesa expressam a universalidade do amor de Deus e o carinho deste Pai misericordioso que deseja ouvir a voz de todos os filhos incluindo os rejeitados, os feridos, os humilhados e os esquecidos.
A sociedade brasileira contemporânea não conta mais com os quadros escravocratas que a acompanharam ao longo dos séculos XVIII-XIX, porém existem novas modalidades de escravidão que atingem brasileiros e brasileiras, homens e mulheres de outras nações que chegam ao Brasil em busca de esperanças e se deparam com o trabalho forçado, ausência de segurança para desempenhá-lo, ausência de condições de higiene, uma paga abaixo do necessário, a retirada forçada dos documentos pessoais, e ainda a exploração da mão de obra infantil que ceifa a infância e por vezes até a vida de tantas crianças neste gigantesco Brasil.
A querida África da irmã Bakhita apresenta quadros ainda mais preocupantes diante das especulações econômicas que impedem o correto desenvolvimento deste continente mãe de todos os demais. As rivalidades políticas entre as etnias e grupos culturais contribuem para o massacre do povo africano. Os meninos e as meninas são ainda hoje sequestrados como Bakhita na segunda metade do século XIX. Os meninos se tornam atiradores e as meninas são escravas sexuais de grupos terroristas que exterminam sonhos e fragilizam a vida. É preciso somar instrumentos políticos, culturais, religiosos, econômicos e todos os demais em prol das pessoas indefesas, sucateadas no Brasil, na África e em qualquer parte do mundo.
É preciso banir projetos de escravidão através da globalização da comunhão. A busca da dignidade é um valor comum aos povos e mostra que as características peculiares devem apenas distinguir, mas jamais dividir. Os caminhos são diferentes, porém visam a mesma meta. A valorização da dignidade da pessoa humana viabiliza a comunhão entre os povos.
A Mãe Aparecida e Santa Bakhita mostram que o cristianismo visa a ampliação da família de Deus. E por esse motivo não permite parcerias com quaisquer estruturas de exclusão. No rosto negro da Mãe Aparecida e de Santa Bakhita compreende-se o cristianismo como apelo de perdão e de reconciliação, mensagem eficaz em prol da inclusão e da comunhão.
Pe. João Claudio da Conceição.
Bibliografia
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por Pe. João Cláudio Conceição
Fotos: Arquivo Sem Fronteiras e pixabay