Marca dos Povos Ribeirinhos: A Acolhida
A missão com os Ribeirinhos me marca cada dia, sobretudo com um sentimento de gratidão. É assim que vivo a missão no decorrer dos dias. Me sinto bem acolhido no meio do povo, mas vejo que em geral os Ribeirinhos se abrem para acolher os missionários. Do mesmo jeito acolhem bem as pessoas que fazem trabalhos sociais em suas comunidades. Por isso, constato que o povo Ribeirinho é um povo feliz e unido que promove o respeito. Posso ver nesse fato uma marca de profunda humanidade que pacifica a vivência. O povo vive esta alegria e união, apesar das dificuldades que sente na pele: a primeira de todas é a baixa renda das famílias. A maioria das famílias encontram seu sustento na pesca, além de outras atividades. Este ano o nível do rio Madeira caiu muito, dificultando a navegação e a pesca. A fome começa a ameaçar as comunidades, tirando assim o sonho de vida digna das comunidades. Quero testemunhar também que não há suficientes postos de saúde nem escolas. Por isso, o esforço do povo para poder chegar na cidade é grande. O dinheiro não sobra no bolso dos Ribeirinhos. A única coisa que sobra é a sua vivência pacífica, fruto da sua fé em Deus. Me identifico com esse povo muito humilde e trabalhador. Que Deus abençoe os povos Ribeirinhos e os guarde.
Testemunho de Emmanuel Muhime, comboniano em Porto Velho – RO