Nem Hamas, nem Netanyahu
O destino do Médio Oriente não pode estar nas mãos dos terroristas do Hamas e do governo de extrema direita de Netanyahu. Ambos são fundamentalistas, intolerantes, mentirosos e corruptos; demonizam o adversário; negam-se recíprocamente; veem a violência como solução; atentam contra a democracia e violam os mais elementares direitos humanos.
Não representam a maioria dos Palestinos e dos Judeus que não querem mais conviver com a violência e estão pagando as dramáticas consequências das insanidades e atrocidades decididas e cometidas por eles. Ambos os lados estão arrastando a região e, talvez, o mundo todo para a barbárie, visto que os atos de violência cometidos até agora não respeitam nem as “regras” da guerra.
Recentes pesquisas publicadas pela imprensa de Israel demonstram a insatisfação dos Judeus com Bibi. Os eleitores de Netanyahu parecem ter finalmente compreendido o mal que ele fez e ainda faz ao país. Como também, não dá para associar todos os palestinos e o islamismo aos grupos terroristas que semeiam o terror pelo mundo afora.
A paz naquela região só pode começar a acontecer através de pessoas que reconhecem Israel e Palestina e estão dispostas a garantir a ambos o direito a ter um Estado onde possam viver com dignidade. Só assim é possível isolar o terrorismo e derrotá-lo. É bom lembrar que, em qualquer lugar do mundo, o terror encontra terreno fértil onde há raiva e ódio por direitos negados.
A comunidade internacional tem o dever de ajudar a criar esta nova mediação para que parem de imediato as barbáries e todos os reféns sejam devolvidos às suas famílias. Acabar com o terrorismo é um compromisso inadiável. Mas só é possível minimizar seus efeitos, através de pessoas e instituições que querem a paz e ficam ao lado dos povos, garantindo vida e dignidade.
O recente massacre do hospital da faixa de Gaza, independentemente de quem lançou o foguete, demonstra ainda uma vez que a guerra é uma tragédia que atinge inocentes. Por isso, deve ser imediatamente debelada.
Shalom. Salam. Paz.
(Pe. Xavier Paolillo, missionário comboniano)