
O Jejum que Agrada a Deus
O jejum não é simplesmente tirar a carne do cardápio, até porque a carne já foi cortada há muito tempo do cardápio dos pobres pela ganância de quem a produz e a vende. Mas é cortar na própria carne o egoísmo, a indiferença, a injustiça, a cobiça, o ódio, o desejo de vingança, a obsessão pelo poder e a maldade que não deixam amar.
Não é simplesmente uma questão de estômago, mas de coração. Não é sacrificar-se para sofrer e morrer, mas alimentar-se de Deus e fecundar a própria vida com Seu amor, para viver e fazer viver em plenitude.
O jejum que Deus prefere é “quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper todo tipo de sujeição. É repartir o pão com o faminto, acolher em casa os pobres e peregrinos. É vestir o despido e não desprezar o irmão” (Is 58,1-9).
Portanto, não demandemos à barriga aquilo que só o coração pode e deve fazer. Alimentemo-nos de Amor para amar como Jesus de Nazaré nos mostrou com suas palavras e gestos.
✍️ Pe. Xavier Paolillo, missionário comboniano