
“Os campos de deslocados foram atacados” Pe. Marcelo Oliveira
Duas semanas depois de o grupo armado M23 ter avançado para a cidade de Goma, continuam a registar-se confrontos na capital da província do Kivu Norte, no leste da República Democrática do Congo, o que se está a traduzir no agravamento brutal das condições humanitárias na região. O Padre Marcelo Oliveira, que vive neste país, descreve para a Fundação AIS um ambiente de autêntico caos, com mais de 2 mil mortos, “milhares de feridos e hospitais sobrelotados”. A situação é tão grave, diz o missionário, que até “os campos de deslocados foram atacados”.
Os piores cenários ao nível humanitário estão a concretizar-se na província do Kivu Norte, no leste da República Democrática do Congo. Duas semanas depois de o grupo armado M23 – apoiado pelo Ruanda – ter avançado para a conquista da cidade de Goma, a capital desta província, avolumam-se os relatos de uma profunda crise humanitária, com muitos mortos e feridos, com as estruturas hospitalares incapazes de responder às necessidades, e com histórias trágicas como a que ocorreu na prisão central de Goma, que foi também atacada e onde morreram queimadas muitas pessoas que “não conseguiram fugir”.
Marcelo Oliveira, missionário comboniano na R. P. do Congo