Todo dia é dia de se orgulhar. De A a Z
As datas comemorativas, de grupos de pessoas, são em geral, datas que se tornaram marcos ou símbolos de uma luta social. Foi assim quando um grupo de mulheres operárias ocuparam as ruas de Moscou em 23 de fevereiro (data do calendário russo que correspondia ao dia 08 de março no nosso calendário gregoriano). Esta onda de protestos ganhou força nos dias seguintes e levou à Revolução Russa, em 1917.
O dia foi 28 de junho de 1969, o local era o bar “Stonewall Inn”, localizado na cidade de Nova York. Nesta data e neste local o Movimento LGBT ou Movimento Gay saiu do armário e ocupou as ruas, primeiramente do bairro Greenwich Village, depois da cidade de Nova York, em seguida ocuparam os Estados Unidos e ganharam o mundo. O movimento reuni adeptos gays e não gays e se tornou uma referência em organização social.
Em 1º de maio de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos, trabalhadores foram para as ruas reivindicar a redução da jornada de trabalho de 16 horas para 8 horas diárias. Marcava assim o Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora.
E foram assim, todos esses e outros dias marcantes na história, marcados por lutas, revoltas e conquistas populares. E parece que tudo mais que hoje para nós é algo corriqueiro, comum e óbvio, foi na verdade, conquista de uma luta, forjada com suor e sangue.
Direitos trabalhistas, reconhecimentos sociais e mobilizações são destacados por meio de dias que nos fazem refletir (ou ao menos despertam a curiosidade para saber o porquê deles fazerem parte do calendário).
Se olharmos bem de perto, iremos ver que de fato, o que se quer é algo simples, eu até chamaria de fundamental. O Movimento LGBTQIAPN+ busca pela aceitação da diversidade. A sociedade é diversa e plural assim como as telenovelas que se tornam uma janela para mostrar esta diversidade para todas e todos (que assistam as novelas). Respeito e aceitação é o mínimo que se espera de uma sociedade, seja ela de qual mundo for.
Orgulhar-se por ser uma pessoa, um cidadão ou uma cidadã, pertencente a uma sociedade acolhedora e que oferta direitos e oportunidades para todas e todos. Sim. Este deveria ser o nosso maior orgulho. Orgulho de todes. Todos os dias.
Tranqüillo Dias
Leigo Missionário Comboniano
Serra – ES
