
“Uma Vocação Abraçada” – a Jornada de Amaxsandro Feitosa como Missionário Comboniano na África
As minhas primeiras inquietações vocacionais surgiram quando eu tinha mais ou menos 16 anos de idade. Devido à participação no grupo de jovens da minha paroquia comecei a sentir o desejo de ser padre. Sentia-me atraído pelo ministério dos padres que eu conhecia.
Porém nessa mesma época havia as irmãs claretianas que divulgavam na minha paróquia a revista Sem Fronteiras dos missionários combonianos. Elas me pediram para ajudar na divulgação da revista. Durante a divulgação eu comecei a ler e colecionar uma série de artigos que a revista publicava. Todos os meses a revista publicava um artigo com o testemunho da vida de um missionário comboniano que estava trabalhando em um país africano. O testemunho daqueles missionários despertou em mim o desejo de ser também não somente padre, mas um padre missionário como eles, que deixa a sua própria terra e vai para terras distantes anunciar o evangelho. Assim nasceu em mim o desejo de ser missionário na África. Eu queria ser como um missionário comboniano que anuncia o evangelho nos lugares mais distantes e abandonados.
Na mesma revista Sem Fronteiras encontrei o endereço de contato dos missionários combonianos. Imediatamente escrevi para eles manifestando o meu desejo de ser acompanhado e de tornar-me um missionário comboniano. Fui acompanhado pelo padre Ermínio Pegorari, que me ajudou a me preparar.
Depois de dois anos de acompanhamento ingressei no postulantado e comecei os estudos de filosofia. O postulantado durou quatro anos. Os dois primeiros anos foram em Fortaleza no Ceará. Os outros dois anos em João Pessoa na Paraíba.
Após terminar o período do postulantado fui para Contagem, Minas Gerais para fazer o noviciado, período da formação que durou mais dois anos. No Final do noviciado fiz a minha primeira profissão religiosa e pedi para fazer os estudos de teologia na África. E foi assim que me destinaram para Kinshasa, no Congo.
Quando terminei os estudos de teologia, mas uma vez pedi para ser missionário na África. Fiz a profissão perpétua e o diaconato em Kinshasa mesmo, e em seguida a ordenação sacerdotal, em Senador Rui Palmeira, Alagoas, minha terra natal.
Depois de ser ordenado fui destinado para o Chade, um país localizado na África subsaariana, onde vivi durante dez anos da minha vida como missionário. E ao terminar minha primeira missão no Chade voltei para o Brasil, onde estou atualmente trabalhando como formador no escolasticado de São Paulo.
Estou feliz de ter realizado o sonho de ser missionário na África, como tantos outros missionários combonianos. E espero que depois do serviço que estou realizando aqui no Brasil possa voltar novamente para a África para dar continuidade a esse sonho.
Amaxsandro Feitosa, comboniano