A Casa de Betânia: Um Ícone da Familiaridade com Deus
A casa de Betânia e a relação com Lázaro, Marta e Maria, cuja memória celebramos hoje, constituem o melhor ícone da familiaridade que Deus procura. Na casa de Betânia, o Senhor Jesus experimentou o espírito de família e a amizade dos três irmãos. É por isso que o evangelista João diz que Jesus os amava. Marta generosamente ofereceu hospitalidade ao Mestre que a exortou a unir o serviço da acolhida à escuta da sua palavra. Será ela que, depois de um caminho de amadurecimento, correu ao encontro de Jesus e diante do sepulcro do irmão Lázaro, professou a fé no Cristo e na ressurreição: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
Maria, sentada aos seus pés, ouviu docilmente as palavras do Mestre e recebeu o seu elogio por ter escolhido a melhor parte. E Lázaro, morto há quatro dias, saiu prontamente do sepulcro por ordem d’Aquele que humilhou a morte. Os três juntos são a imagem do verdadeiro discípulo do Mestre que age com caridade, mas com o olhar sempre fixo em Jesus e o ouvido atento à Sua Palavra. Acolher, escutar, crer em Jesus e servi-lo nos irmãos é o sentido da vida cristã. Estes verbos são inseparáveis como eram Marta, Maria e Lázaro. São as faces do mesmo mandamento: amar a Deus e ao próximo. Constituem a mesma bem-aventurança: bem-aventurados aqueles que escutam a Palavra de Deus e a colocam em prática, condição necessária para que sejamos reconhecidos como amigos e familiares de Jesus.
(pe. Xavier Paolillo, missionário comboniano)